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É possível fazer turismo médico para transplante de órgãos?

É possível fazer turismo médico para transplante de órgãos? Embora nos últimos anos essa prática tenha experimentado um crescimento notável na Argentina, atraindo muitos pacientes internacionais, os benefícios podem ser limitados! Neste país, a atribuição de órgãos é estritamente regulamentada pelo INCUCAI para evitar o “turismo de transplantes”. Porém, se o paciente atender aos requisitos legais, poderá aproveitar:
- Alta qualidade médica e profissionalismo
• O país conta com médicos altamente capacitados e centros de transplante de renome internacional. Mais adiante, mencionaremos os mais destacados!
• Os hospitais públicos e privados possuem tecnologia avançada para realizar procedimentos complexos. - Custos competitivos em tratamentos médicos
• Comparado a outros países, os custos de cirurgias e tratamentos médicos podem ser mais acessíveis. Isso inclui consultas pré e pós-operatórias, exames e hospitalização. - Acesso a especialistas e atendimento integral
• Existem equipes multidisciplinares, incluindo imunologistas, nefrologistas, hepatologistas e cirurgiões especializados em transplantes.
• O acompanhamento pós-operatório é fundamental e bem estruturado. - Recuperação em um ambiente favorável
• Cidades como Buenos Aires, Mendoza e Córdoba oferecem boas condições climáticas e centros de reabilitação especializados.
• O país oferece opções de turismo e bem-estar para uma melhor recuperação.
Em que consiste o transplante de órgãos?

O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico no qual um órgão doente ou não funcional é substituído por um órgão saudável de um doador. Pode envolver órgãos como o coração, fígado, rins, pulmões, pâncreas e intestinos. Existem dois tipos principais de doadores:
• Doadores vivos: geralmente doam órgãos pareados, como os rins, ou partes de órgãos que podem se regenerar, como o fígado.
• Doadores falecidos: pessoas com morte encefálica confirmada, cujos órgãos podem ser usados para salvar vidas.
É importante observar que o sucesso do transplante depende de vários fatores, como a compatibilidade entre o doador e o receptor, a qualidade do órgão e a adesão ao tratamento imunossupressor para evitar a rejeição.
A “Lei Justina” regula o transplante de órgãos na Argentina

Na Argentina, o transplante de órgãos é regulamentado pela Lei 27.447, conhecida como “Lei Justina”. Promulgada em 2018, essa legislação estabelece que todas as pessoas maiores de 18 anos são consideradas doadoras de órgãos e tecidos, a menos que tenham expressado sua recusa em vida. A manifestação de vontade pode ser feita através do Instituto Nacional Central Único Coordenador de Ablação e Implante (INCUCAI) ou do Registro Nacional de Pessoas (RENAPER).
O INCUCAI é o órgão responsável por coordenar, regulamentar e fiscalizar as atividades de doação e transplante no país. Ele gerencia a lista única de espera nacional e garante a transparência e a equidade na atribuição de órgãos e tecidos.
Somente em 2023, foram realizados 4.264 transplantes na Argentina, dos quais 2.143 foram de órgãos e 2.121 de córneas. Esses procedimentos foram possíveis graças a mais de 1.700 processos de doação, alcançando uma taxa de 17,5 doadores de órgãos por milhão de habitantes.
A atribuição de órgãos é baseada em critérios médicos e de compatibilidade, priorizando a gravidade do estado do paciente, a compatibilidade entre o doador e o receptor, e o tempo na lista de espera. O Sistema Nacional de Informações sobre Procura e Transplante da República Argentina (SINTRA) permite gerenciar e monitorar em tempo real todos os aspectos relacionados à atividade de procura e transplante.
É importante ressaltar que, embora a lei presuma o consentimento para a doação em maiores de 18 anos, é fundamental que cada pessoa manifeste sua vontade de forma explícita, seja afirmativa ou negativa, para respeitar seus desejos e facilitar o processo para seus familiares.
- Para mais informações ou para registrar sua vontade, você pode entrar em contato com o INCUCAI pelo telefone 0800-333-6627 (DOAR) ou visitar seu site oficial.
Tipos de transplantes de órgãos realizados na Argentina

Esses transplantes podem ser classificados de acordo com o órgão transplantado e a origem do doador.
- De acordo com o órgão transplantado
• Transplante renal: O mais comum na Argentina. Pode vir de um doador vivo ou falecido.
• Transplante hepático: Realizado com doador falecido ou de um doador vivo parcial.
• Transplante cardíaco: Para pacientes com insuficiência cardíaca terminal.
• Transplante pulmonar: Pode ser de um único pulmão ou duplo.
• Transplante pancreático: Realizado isoladamente ou combinado com transplante renal (para diabetes tipo 1 grave).
• Transplante intestinal: Menos frequente, mas realizado em casos específicos de insuficiência intestinal grave. - De acordo com a origem do doador
• Transplante de doador falecido: A maioria dos órgãos vem de pessoas com morte encefálica.
• Transplante de doador vivo: Permitido para rins e fígado parcial, geralmente de familiares.
Também são realizados transplantes de tecidos, como córneas, medula óssea, pele e válvulas cardíacas.
Institutos médicos da Argentina especializados em transplantes de órgãos

• Hospital Privado Universitário de Córdoba: #1 em transplante de medula óssea, acreditado pela Joint Commission International.
• Hospital Britânico: Possui programas de transplante de rim, fígado e coração. Também se especializa em transplante de medula óssea.
• Instituto Alexander Fleming (IAF): Conta com uma Unidade de Transplante Hematopoiético (UTH), projetada para tratar doenças hematológicas graves, como leucemias, linfomas e outras condições que afetam o sangue e o sistema imunológico.
• Hospital Alemão: Realiza transplantes de rim, fígado e coração.
• Hospital Italiano de Buenos Aires: Realiza transplantes de rim, fígado e coração.
• Hospital Universitário Austral: Oferece transplantes de rim e coração, destacando-se em transplante hepático pediátrico e transplante de medula óssea alogênica não relacionada.
• Fundação Hospitalária: Realiza transplantes de rim e outros órgãos.
Considerações importantes para transplantes de órgãos na Argentina

Em resumo, há limitações importantes a considerar caso esteja avaliando a possibilidade de fazer turismo médico na Argentina para transplante de órgãos:
• Nem todos os estrangeiros podem acessar transplantes. É necessário ter residência permanente ou cumprir com as regulamentações do INCUCAI.
• A inscrição na lista de espera para transplante de órgãos na Argentina está sujeita a critérios específicos. De acordo com a Resolução 342/2009 do INCUCAI, são estabelecidos requisitos diferenciados para cidadãos estrangeiros residentes permanentes e temporários ou transitórios.
• A atribuição de órgãos é equitativa e segue critérios médicos rigorosos, sem preferência por pacientes estrangeiros.
O objetivo é garantir que a distribuição de órgãos seja realizada de forma justa e ética. Então, se você está considerando essa opção, o melhor é consultar com o INCUCAI e clínicas especializadas para conhecer os requisitos.
Além disso, você pode contar com a assessoria de nossa equipe de especialistas. No turismomédicoargentina.com, conhecemos e gerenciamos “à risca” todos os processos legais que regem esse tipo de tratamento. Além disso, estamos afiliados a instituições médicas especializadas e devidamente certificadas para tal fim, apoiando você em todos os trâmites necessários, com o respaldo da Câmara de Turismo Argentina.
Entre em contato conosco para saber mais sobre seu caso! E descubra como é possível fazer turismo médico para transplantes de órgãos em nosso país.